família completamente confusa



A minha família é confusa. Quero dizer, ela é confusa, alegre, impaciente, calorosa, brincalhona, e outras muitas coisas mais.
E uma das muitas confusões é a história da minha irmã mais nova. É algo que sempre tenho que explicar quando me perguntam se eu tenho duas irmãs, e eu respondo que sim, mas...
E vou te explicar também, porque eu gosto disso.
Tudo começou no ano de 2006, o ano em que eu entrei no meu primeiro colégio, e o ano em que ela chegou nas nossas vidas.
A mãe da minha irmã que não é a minha mãe (entendeu?) e nunca teve nenhum tipo de relações sexuais com o meu pai (portanto ela também não é filha do meu pai), chegou um dia na nossa antiga casa, e como a minha mãe tinha um cartaz na porta de casa dizendo que tomava conta de crianças, perguntou a minha mãe se ela poderia tomar conta de sua filha.
A minha irmã tinha somente seis meses, e era inocente e indefesa (preste atenção no era), e sendo assim, elas chegaram a um acordo, e minha mãe criou a minha irmã desde então. Ela agora tem sete anos, e tira toda a família do sério (especialmente quando chora por causa de tudo – sério tudo mesmo), e nessa fase de hormônios a flor da pele que ela está tudo que eu quero é jogar ela para o Japão, com passagem só de ida e sem possibilidade de volta.
Como é lindo o amor entre irmãs, não é mesmo?
Mas depois de sete anos em nossa família de quatro pessoas, o resto de nossa família tão grande que eu perdi a conta, já a acolheu como uma de nós.
E é isso. Essa é a história de como eu tenho uma irmã mais nova, porque isso não seria possível ao natural – se é que me entendem.
Tchau, e até não sei quando.

                                  -S.C

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